O setor brasileiro de construção cresceu 12,1% em 2009 e movimentou R$ 199,5 bilhões. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção referente a 2009, que só  foi divulgada  sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o estudo, o crescimento do setor foi impulsionado pelo crescimento da renda e do consumo familiar, da oferta de emprego e do crédito imobiliário.

Para o IBGE, ações do governo também puxaram essa alta. Entre elas, estão o crescimento dos empréstimos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a expansão das obras relacionadas ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de diversos materiais de construção.

Segundo o estudo, o número de empresas ativas com alguma pessoa ocupada na indústria da construção cresceu 11,6%, passando de 57 mil em 2008 para 64 mil em 2009.

Essas empresas empregaram, em 2009, cerca de 2 milhões de pessoas. O gasto total com o pessoal ocupado correspondeu a 30,3% do total dos custos e despesas das empresas de construção, resultado superior à participação em 2008 (29,2%), e atingiu o valor de R$ 48,3 bilhões, diz o estudo.
Em 16 de junho de 2011 22:25, Vinícius Alonso Gouveia <vgouveia1@gmail.com> escreveu:

O Brasil está empregando muito com construção civil!
Isso está inercial até meados de 2011! No proximo semestre com o aumento das restrições de crédito (aumento de 50%) lastro dos bancos em empréstimos acima de 2 anos e selic elavada mais as macro prudenciais devem frear a demanda!

Mas sem dúvida esse programa abaixo está empregando muita mão de obra BARATA!
SÃO PAULO E VÁRIAS PARTES DO BRASIL SÃO VERDADEIROS CANTEIROS DE OBRAS!

Minha Casa, Minha Vida 2 terá mais subsídios

Governo ampliou em 75% os recursos e sinalizou que número de moradias pode atingir 2,6 milhões em três anos. 
 
O governo ampliou em 75% os recursos do Minha Casa, Minha Vida 2 ao lançar o programa nesta quinta-feira e sinalizou que o número de moradias pode chegar a 2,6 milhões até 2014.

Quando o plano foi originalmente divulgado em março do ano passado, o governo previa custo total de R$ 71,7 bilhões. Agora, a cifra subiu para R$ 125,7 bilhões.

Do novo valor total, R$ 72,6 bilhões são de subsídios do Orçamento e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outros R$ 53,1 bilhões sob a forma de empréstimos bancários.

O governo argumenta que a quantia maior na segunda fase do Minha Casa, Minha Vida deve-se ao aumento dos financiamentos e à correção do valor das habitações, que na primeira fase tinham preço médio de R$ 42 mil e agora estão em R$ 55,2 mil.

Havia expectativa no mercado de que o plano saísse do papel no início de 2011, mas a aprovação de novas regras pertinentes ao programa só ocorreu no Congresso em maio.
Segundo o Ministério do Planejamento, o aumento dos recursos não terá impacto orçamentário neste ano, já que os R$ 7,5 bilhões previstos para o programa serão suficientes para atender as contratações de moradias previstas em 2011.
 
Além da Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil vai operar financiamentos em todas as faixas de renda.
Na cerimônia de lançamento, a presidente Dilma Rousseff disse que a meta de 2 milhões de moradias pode subir em 600 mil unidades, desde que o andamento do programa seja satisfatório.

“Se daqui a um ano estivermos com o ritmo adequado, mostrando nossa capacidade de fazer mais, vamos ampliar os recursos e nós vamos fazer mais 600 mil (casas)”, afirmou.
Nessa segunda fase do programa, até 60% das moradias (por enquanto 1,2 milhão de unidades) serão destinadas para as pessoas com renda de até R$ 1.600. Outras 600 mil unidades serão financiadas para aqueles com renda de até R$ 3.100 e R$ 200 mil para aqueles que recebem até R$ 5 mil.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, dá como certa a ampliação da meta prometida por Dilma. Ele ainda busca no governo um aumento maior do valor unitário das moradias em algumas regiões. “Estamos vendo isso. Acho que até o final do mês podemos ter uma resposta.”
 
 Gargalos?
O presidente da CBIC descartou que o programa sofrerá com falta de materiais de construção, mas admitiu que haverá problemas com mão de obra. “Isso é sempre uma preocupação e não é através da qualificação que vamos resolver o problema. Teremos que investir em novas tecnologias de construção para ganhar produtividade”, afirmou.

Segundo ele, há financiamentos aprovados para construção de 40 mil moradias na Caixa que passarão por adaptações e podem ser incluídas no Minha Casa, Minha Vida 2. “E tem 90 mil (unidades) em processo de aprovação também”, acrescentou.
Dilma disse que vai analisar no futuro a criação de linha de financiamento para os beneficiários do programa que permita a compra de eletrodomésticos da linha branca, mas não deu prazo para a medida.

A edição inicial do Minha Casa, Minha Vida foi apresentada no começo de 2009, em meio à crise econômica global, com intuito de reduzir o déficit habitacional do Brasil e também fortalecer a economia e gerar empregos.

Na primeira fase foram contratadas 1 milhão e 3 mil residências até 29 de dezembro do ano passado. No fim de 2010, cerca de 300 mil unidades tinham sido entregues, segundo a Caixa.
 

Fonte: UOL Economia, em São Paulo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *