O hábito ajuda a prevenir doenças típicas da infância
Por Juliana Malacarne
Crianças pequenas estão descobrindo o mundo ao seu redor e não se contentam em usar apenas a visão — querem colocar as mãozinhas em tudo! A experiência é essencial ao desenvolvimento, mas deixa os pequenos mais suscetíveis a contraírem infecções causadas por micro-organismos presentes no ambiente. De acordo com Eduardo Freitas Hatanaka, coordenador de Pediatria do Hospital Sepaco (SP), 80% das doenças infecciosas, provocadas por bactérias, vírus ou outros parasitas, podem ser transmitidas pelas mãos. Os pais, cuidadores, professores e pediatras devem, portanto, estimular a higienização entre as crianças.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é possível reduzir em até 40% a incidência de problemas como diarreia, conjuntivites e resfriados com o simples ato de lavar as mãos. A recomendação é que o procedimento ocorra especialmente em situações em que há risco de contaminação, como depois de assoar o nariz e espirrar, ir ao banheiro ou mexer em lixo e antes das refeições. Na hora de comprar um sabonete, opte pelos produtos líquidos, pois as versões em barra podem abrigar germes.
No começo, os pais devem ensinar os filhos a ensaboar bem as mãos e punhos, a região entre os dedos e as unhas. E é preciso caprichar no procedimento, demorando um tempo médio de 25 a 30 segundos.Quando eles já tiverem aprendido, podem cumprir a tarefa sozinhos, sob supervisão de um adulto enquanto for necessário.
Apesar dos benefícios que essa prática traz a saúde, é importante evitar excessos. O ideal é que as mãos sejam higienizadas pelo menos 8 vezes ao dia e não mais do que 25. “O contato com alguns micróbios é fundamental para o amadurecimento do sistema imunológico infantil”, justifica Hatanaka. “Já foi demonstrado que crianças que vivem em ambientes exageradamente limpos são mais suscetíveis a quadros alérgicos”, completa.
Fonte: Revista Crescer