“Sob o título acima, o jornal “O Estado de S. Paulo” publicou na edição de ontem, dia 23, artigo de Caio Portugal, vice-presidente da AELO e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Secovi-SP, com sugestões para aprimoramento do programa Minha Casa, Minha Vida. O boletim da AELO no mais tradicional jornal de São Paulo, com tiragem de 220 mil exemplares às quartas-feiras, acabou saindo na véspera do 30.º aniversário de nossa entidade. Eis o texto do artigo:


O programa Minha Casa, Minha Vida, que em março completa dois anos, já avançou bastante e, sem dúvida, tem contribuído para atenuar o déficit de moradias no Brasil. Esse programa, uma iniciativa do governo federal, conta com apoio de governos estaduais e municipais e também de empresas do setor da construção, levando famílias de baixa renda a realizar o sonho de conquistar a casa própria. No entanto, algo ainda pode e deve ser feito para reforçar a atual luta do País contra a falta de moradias e contra o favelamento das cidades.


A AELO, entidade que está completando 30 anos, tendo sido fundada em 24 de fevereiro de 1981, integrada por empresas de loteamento e desenvolvimento urbano, apresenta aos governos e à opinião pública uma sugestão com base nesta longa experiência. Tudo se resume numa só pergunta: por que não incentivar a oferta de lotes populares e, com isso, possibilitar que mais famílias de baixa renda construam suas casas dentro das condições financeiras e do tempo que dispõem?


Os lotes populares têm o tamanho adequado para a construção de uma confortável casa de alvenaria. Neste caso, cabe ao trabalhador comprar um terreno em loteamento na cidade ou no bairro que estiver de acordo com seu perfil e, a partir disso, organizar sua vida para ele próprio, com a ajuda de amigos, levar adiante a construção da base, das paredes e do acabamento do lar de sua família. Não deve faltar o apoio de algum engenheiro, profissional especializado, para fornecer a orientação técnica necessária para uma obra a ser erguida com total segurança. Além disso, as prefeituras também poderiam dar apoio a esse tipo de iniciativa de seus cidadãos de menor poder aquisitivo.


Os terrenos constituem a matéria-prima para a construção de moradias, mas vem sendo escassos em algumas cidades do País, principalmente em regiões metropolitanas como as de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília e Baixada Santista. O possível incentivo à criação de loteamentos populares e ao financiamento da compra de lotes é uma medida ao alcance do governo federal para reforçar o Minha Casa, Minha Vida e conta, desde já, com o apoio de empresas que, nas últimas décadas, ajudaram a construir bairros e cidades para todas as classes sociais.”

Fonte:AELO ONLINE – Ano X – N.º 333  – São Paulo, 24 de fevereiro de 2011

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