A organização das roupas da casa não fica restrita ao armário com camisas, calças e outras peças de vestuário. Ela se estende também para as toalhas e roupas de cama, que merecem atenção especial para evitar mofo e odores desagradáveis. Segundo organizer Adriana Saade, é preciso avaliar as condições da casa para saber a melhor forma de organizar e conservar essas peças. “Na praia, por exemplo, a conservação é diferente por causa da maresia”, explica Adriana.
Os sacos plásticos não devem ser usados, pois impedem a ventilação das roupas, o que favorece a proliferação do mofo. A organizer Ingrid Lisboa recomenda o uso de capas de algodão cru e plástico, que permite a separação dos jogos de roupa e a ventilação dos tecidos. Adriana sugere guardar as peças em sacos de TNT, pois eles conservam as roupas ao mesmo tempo em que permitem a ventilação. O ideal, segundo Saade, é ter um roupeiro apenas para guardar cobertores, roupas de cama e banho, mas para quem não dispõe de muito espaço, a solução pode ser separar uma ou duas portas do guarda-roupa.
Ingrid Lisboa comenta que as toalhas devem ser preferencialmente organizadas em prateleiras, com exceção das toalhas de mesa que podem ser colocadas também em gavetas. Para Lisboa, os cuidados ficam mais focados na acessibilidade e conservação do que no local em que essa roupa vai ficar. Adriana reforça a ideia sugerindo que roupas de cama e banho, usadas com maior frequência, devem ser deixadas em lugares de fácil acesso.
O maior problema da rouparia, segundo Ingrid, é desparelhar as peças, separando em pilhas de fronha e lençol, toalha de rosto e de banho, toalha de mesa e guardanapos. A grande dificuldade para quem separa dessa forma está na hora de localizar os pares para poder usar. A principal dica para começar a organizar as roupas de casa é sempre guardar o jogo completo, evitando desperdício de tempo ao procurar e reorganizar as pilhas de lençóis e fronhas. Outra dica importante é certificar-se de que as roupas estão secas antes de guardar, e de preferência passadas, pois, segundo Adriana Saade, a roupa fica mais bonita e ocupa menos espaço.
As roupas de casa podem ser organizadas em um roupeiro de uso comum ou até mesmo nos próprios quartos. As organizers comentam que é possível armazenar as toalhas de banho e de rosto no banheiro, mas é preciso atenção quanto à umidade, ao espaço e à frequência de troca das toalhas.
A troca das roupas de cama e banho geralmente é feita semanalmente. Períodos com temperaturas altas pedem uma troca mais frequente, mas é preciso pensar no desperdício de água e não exagerar. Além do problema ambiental, Ingrid lembra que a lavagem diária das toalhas diminui sua vida útil. Adriana sugere escolher um dia da semana para trocar toda a roupa de cama e banho, incluindo pijamas e camisolas.
Toalhas de cozinha e panos de prato devem ser lavados com uma frequência maior devido ao risco de contaminação por restos de comida. Adriana lembra que a troca depende do uso e da quantidade de louça, mas nunca deve-se ultrapassar mais de dois dias sem trocar as peças. Além disso, é preciso separar as toalhas de cozinha das toalhas de banheiro. Adriana sugere separar de duas a três gavetas da cozinha para organizar e guardar toalhas de mesa, pratos e jogo americano. “O material de cozinha pode e deve ficar na cozinha, de preferência numa gaveta de fácil acesso”.
O mofo é causado pela combinação de falta de ventilação e umidade, tornando-se o principal problema para quem guarda suas roupas de casa em armários. Algumas soluções práticas ajudam a evitar esse problema. “O primeiro problema a ser resolvido é o excesso de roupas, seja de uso pessoal ou cama. Isso prejudica a circulação do ar, favorecendo a formação de mofo e deixando as roupas com cheiro desagradável”, explica Ingrid Lisboa. Adriana sugere o uso da pedra de cânfora no fundo das prateleiras, que podem ser encontradas em farmácias. Apesar do odor característico, a evaporação não deixa cheiro nas roupas e, após aproximadamente três semanas, sobra apenas um pouco de pó proveniente da cânfora. Para evitar que o pó se espalhe pelo armário e suje as roupas, Adriana sugere colocar as pedrinhas dentro de tampinhas de garrafa pet.
A sugestão de Ingrid é o uso de bolinhas de cedro, encontradas em casas especializadas em organização. Segundo Lisboa, as bolinhas de cedro não tem cheiro, são atóxicas, evitam mofo e ainda possibilitam o uso de essências. Soluções caseiras como saleiro com cal virgem e giz de lousa também ajudam, mas é preciso trocar com certa periodicidade, ao contrário das bolinhas de cedro que duram cerca de 5 anos. Ingrid reforça a necessidade de retirar o acúmulo de objetos, principalmente os que ficam embaixo do cabideiro, para que o ar circule sem dificuldades, eliminando cheiros e diminuindo a proliferação de mofo.
Fonte: Bbel