Obras sempre demoram mais e saem mais caro do que o previsto. O importante é planejar direito, porque tem gente que consegue fazer tudo em um esquema bem profissional, com dinheiro e seguindo prazos.
Moacir Batista Neto está construindo a casa dele nas horas vagas, com pouca técnica, mas muita disposição. No começo, era para ser só um puxadinho. Agora, já se tornou uma outra casa. O SPTV convidou a engenheira Eliana Taniguti para visitar o “canteiro de obras” do pedreiro autodidata, Moacir. A primeira preocupação é com a estrutura da casa. “Esses pilares eu faço o seguinte. Furo a tábua, ponho o arame e aperto”, conta Moacir.
Nas paredes, a profissional encontrou um erro comum: tijolos diferentes. “Tem que sempre usar o mesmo material. Você está usando um cerâmico e um de barro. Outra coisa é sempre cruzar os tijolos para criar uma amarração e tornar mais firme”, orienta a engenheira.
Ela também descobriu problemas na viga. “O acabamento tem que ser bom. Liso, homogêneo e tem que evitar falha. Com concreto mal homogeneizado, pode ser que fique com uma parte frágil. Você pode comprometer algumas regiões e até o comportamento estrutural”, completa.
Medidas ideais
Algumas regras precisam ser seguidas para que tudo encaixe e a casa fique confortável, boa de morar. As medidas consideradas ideais estão no Código de Obras e Edificações da capital:
- – Quartos ou salas com cinco metros quadrados – essa é a garantia de que os móveis básicos, como cama e armário vão caber.
- – Altura: o pé direito tem que ter, no mínimo, 2,5 metros – serve para ajudar na ventilação.
- – Boa circulação de ar: Precisa de 15% de abertura no ambiente. Cozinhas, copas e lavanderias precisam de 10%. Banheiros podem ser menores e ter abertura só de 5%.
Se o projeto de uma construção não atender toda as recomendações, vai ser barrado pela Prefeitura.
Fonte: G1