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“Loteamento é bem de raiz”, destacou o título da reportagem de capa de Shirley Valentin na edição de junho da “Revista do Secovi-SP”, editada por Maria do Carmo Gregório, jornalistas da Assessoria de Comunicação do Secovi-SP. Em seu texto, que ocupou 10 páginas da revista, Shirley ressaltou na abertura que a terra sempre teve lugar de destaque na história da humanidade: “Foi protagonista na formação de pequenos povoados, vilarejos e cidades. A disputa por territórios resultou em guerras mundiais, civis e revoluções. Da sua divisão, nasceram os continentes. É da terra que brotam os alimentos que mantêm vivos os homens e animais e a sensação de pertencimento a este mundo.” Em seguida, a repórter explicou: “No decorrer do desenvolvimento mundial, foram criados regramentos legais para garantir a posse da terra, seu parcelamento e sua edificação. E é no processo formal de preparação e divisão em lotes para a venda que entra o desenvolvedor imobiliário o loteador.”

Aqui vão alguns trechos da reportagem: No Brasil, essa atividade econômica, a de loteador, é desempenhada por “fortes”. Afinal, como classificar empresários que usam recursos financeiros próprios e assumem os altos riscos de transformar terra bruta em espaços urbanos totalmente preparados para futuras edificações? Inevitável perguntar: por que, então, eles insistem em trabalhar com parcelamento do solo? Simplesmente porque, sem essa atividade, as cidades, como nós as conhecemos, e os bairros, principalmente, não existiriam. É uma das profissões mais antigas do mundo! O brasileiro tem, por raiz, o desejo de posse da terra, e o loteamento traduz e atende exatamente essa vontade, que é ancestral. A atividade de desenvolvimento urbano deve ser estimulada, contar com legislações adequadas e claras, livres de burocracia, e ter investimento financeiro. (Quando a revista já estava impressa, em 8 de agosto, a Caixa Econômica Federal lançou o Produlote, com a presença do presidente Michel Temer no Secovi-SP). O período da “espera sem fim” dá lugar a um novo sentimento. Caio Portugal relata: “Essa demanda é muito antiga e virou até motivo de brincadeira. O amigo e presidente do SecoviSP Flavio Amary diz que éramos crianças e os nossos pais já trabalhavam para criar linhas adequadas de financiamento às obras de infraestrutura de loteamentos.”

O trabalho é maior do que a crise

A reportagem de Shirley Valentin para a “Revista do Secovi-SP” leva à conclusão de que, “mesmo diante do golpe de uma das mais fortes e duradouras crises, o setor de loteamentos não apresentou, em 2016, desempenho tão ruim”. Os empreendedores nos municípios paulistas protocolaram, no ano passado, 741 projetos (644 loteamentos e 85 condomínios) para análise no Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Graprohab).

Apesar de o resultado ser 7% inferior aos projetos protocolados para análise em 2015, a quantidade de lotes foi praticamente a mesma: 186,4 mil em 2016, ante os 186,2 mil do ano anterior. O município de São José do Rio Preto, com 14 projetos de loteamentos e 7.902 lotes previstos, foi o que chegou ao maior número de lotes protocolados no Estado de São Paulo em 2016. Em seguida, surgem: Cotia, com 10 projetos e 5.358 lotes previstos; Campinas, com 8 projetos e 4.490 lotes; Mogi-Mirim, com 14 projetos e 3.979 lotes; e Limeira, com 10 projetos e 3.529 lotes previstos. Em aprovações, houve sinal verde para 460 projetos de loteamentos, 14% a menos que as provações de 2015 (537 novos projetos).

Estima-se que serão ofertados 133,2 mil lotes. Conforme o “Anuário do Mercado Imobiliário 2016”, do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, de 2010 a 2016, o Graprohab aprovou 3.258 projetos de loteamentos, que correspondem a 917,9 mil lotes previstos no Estado, ou a média de 465 projetos e 131,1 mil lotes por ano. O município de Ribeirão Preto liderou o ranking de aprovações no ano passado, com 9.023 lotes distribuídos em 6 projetos. O segundo lugar ficou com São José do Rio Preto, 5.855 lotes previstos em 8 projetos, seguido de Araraquara, 3.063 lotes em 8 projetos; Mogi-Mirim, 3.015 lotes em 6 projetos; e Votuporanga, 2.980 lotes previstos em 5 projetos.

No ano passado, 10 municípios concentraram 26% dos lotes aprovados em todo o Estado, com 57 projetos e um total de 35,2 mil lotes. A população brasileira já não é a mesma. Os diferentes arranjos familiares e a maior presença da mulher no mercado de trabalho, inclusive em cargos de liderança e de destaque, mudaram as relações de consumo, assim como os interesses. Os terrenos diminuíram em área. Agora, a média de um lote de alto padrão é de 420 m². Médio padrão, 320 m²; padrão mais econômico, 200 m².

Agradecemos à Shirley Valentim e à Maria do Carmo Gregório. A reportagem completa de Shirley Valentim é encontrada no portal do Secovi-SP, em que aparece o link da revista: www.secovi.com.br.

 

Fonte: http://www.aelo.com.br/wp-content/uploads/2017/10/um-ceu-sem-nuvens.pdf

 

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