Existem três tipos de educação. A mais tradicional é a presencial, em que professor e aluno se encontram regularmente, geralmente no espaço que consiste na sala de aula. É o ensino convencional. O segundo tipo acontece parte presencial, parte à distância, ou seja, é a semipresencial. E a terceira forma de ensino é a educação à distância, que consiste, simplesmente, em um processo de ensino em que aluno e professor não se encontram no mesmo espaço físico. Ela requer ferramentas para auxiliar o processo, como televisão, correio, telefone, rádio, e o mais comum nos dias atuais, a internet. O método é mais adequado para adultos, principalmente aqueles que já passaram pela graduação, ou pós-graduação, pois já adquiriram certa experiência no aprendizado individual e de pesquisa, mas, ainda sim, pode ser empregado desde o ensino fundamental. Na Inglaterra e na Espanha já existem instituições que oferecem cursos apenas nessa modalidade, enquanto no Brasil, a maior parte das escolas que proporcionam educação à distância, também o fazem da forma presencial.
Neste tipo de ensino, a interatividade, cada dia mais desenvolvida nas ferramentas tecnológicas, acaba por evidenciar fatores que deveriam ser comuns em qualquer forma de ensino, a interação e a interlocução entre os envolvidos no processo. É também esse desenvolvimento que torna esse tipo de ensino ainda mais eficiente, pois cria formas mais eficazes de conectar pessoas que não se encontram no mesmo espaço, o que torna o conceito de aula mais flexível: ao aumentar a possibilidade de vários indivíduos estarem presentes em diferentes tempos e espaços, cresce a motivação dos envolvidos, e aula ganha uma conotação mais de intercâmbio e pesquisa, o que torna o professor também, e principalmente, um orientador e incentivador pelo processo de agregar conhecimento.
Com o tempo e as melhorias empregadas, haverá também uma tendência em reorganizar o espaço das escolas, que se tornarão menores e priorizarão os ambientes de pesquisa e convívio, deixando de ser o principal local em que a aprendizagem acontece. O currículo escolar poderá passar por mudanças, além disso, especialistas poderão ser mais bem aproveitados por não haver grande preocupação com locomoção, por exemplo. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas, e os primeiros cursos a passar pela adaptação e aproveitar melhor as novas tecnologias, serão os de especialização e extensão. No entanto, as principais adaptações que estão sendo feitas limitam-se a passar para o virtual características do presencial, como por exemplo, disponibilizar material de aula, exercícios e provas, e a interação pessoal ainda é pouco aproveitada. O processo de mudança acontece de forma gradual e experimental, sendo afetado por fatores como motivação, desigualdade social, facilidade de acesso, maturidade e receptividade, uma vez que a dificuldade para alterar padrões já bem aceitos e concebidos é extrema.