Por Elaine Camilo
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Uma noite tranquila de sono quer dizer o total relaxamento dos músculos do corpo inteiro e o travesseiro pode influenciar o alcance desse estado, principalmente nas regiões lombar, dorsal e cervical, áreas das quais se exige maior esforço durante o dia. O travesseiro deve ter altura e suporte apropriados para alinhar a coluna cervical com o tronco e melhorar a circulação sanguínea, facilitando os estímulos elétricos enviados pelo cérebro aos demais órgãos.
Nem sempre os travesseiros mais caros são os melhores, a escolha deve ser baseada na posição em que se dorme e no material de fabricação, de acordo com o gosto pessoal. “É preciso escolher um que preencha o espaço entre a cabeça e o colchão, a altura ideal do travesseiro ocorre quando a cabeça forma um ângulo de 90 graus em relação à coluna cervical”, atenta Fausto Ito, especialista da Associação Brasileira do Sono.
O que muita gente não sabe é que o travesseiro tem prazo de validade e isso pode influenciar na qualidade do sono. “A vida útil de um travesseiro é de, em média, cinco anos de uso, mas é recomendado que seja trocado a cada dois anos, pois a prolongação do uso pode ser fonte de contaminação por micro-organismos”, atenta Renata Federighi, gerente de marketing da Duoflex.
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Geralmente, o tipo de material define o conforto proporcionado pelo travesseiro. O mercado traz diversos modelos e os itens que os diferem são o material de enchimento, tecido ou capa do travesseiro e nível de suporte (sustentação para a cabeça).
O viscoelástico, por exemplo, é uma espuma moldada. Quando pressionado, ele demora alguns segundos para voltar ao formato original, o que melhora a circulação da área que está em contato com o travesseiro. Já nas peças de espuma látex, os furinhos são feitos para que o travesseiro tenha alta ventilação, logo, a temperatura fica menor do que a do corpo. A fibra de poliéster comum e a de silicone são inodoras e mais leves que os outros materiais. E a capa que pode ser de cetim, ou de malha que é mais macia.
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O travesseiro deve ser escolhido de acordo com a posição em que a pessoa dorme. O ideal é dormir com um travesseiro na cabeça e outro nos joelhos quando a opção for pela posição lateral ou de barriga para cima. Na posição lateral, o suporte do travesseiro deve ser firme, o peso do corpo não deve estar sobre o ombro e o braço deve estar esticado ou dobrado. Pode-se usar um travesseiro corporal para também apoiar o braço.
Para a posição de bruços o suporte do travesseiro deve ser suave, pois promove a rotação das vertebras já que a cabeça está lateralizada, contraindo bastante a região muscular vertical, não proporcionando o relaxamento e a boa qualidade do sono, orienta Joel Roberto Benghi Junior, fisioterapeuta da Altenburg. “Apesar de não ser uma posição indicada para o sono, é recomendável utilizar dois travesseiros bem baixos, sendo um para apoio da cabeça e outro embaixo do abdômen, na altura da curvatura da cintura”, diz Renata.
Para dormir de barriga para cima o suporte médio é o mais indicado, os braços devem estar na lateral ou no centro do corpo, as pernas devem estar levemente flexionadas e um travesseiro embaixo dos joelhos faz com que o relaxamento dos músculos seja mais eficiente.
O travesseiro também pode influenciar nos problemas respiratórios, pois acumula em seu interior micro-organismos que se alimentam das secreções eliminadas durante o sono, como suor e peles mortas. “Um travesseiro repleto de impurezas torna-se ambiente propício para proliferação de ácaros, fungos e bactérias, se transformando em fonte provável de diversos tipos de alergia, possíveis causadores de conjuntivite, eczema, sensação de peito fechado à noite, espirros, coceira nas mãos ou face, corrimento ou bloqueio e até mesmo asma” , acrescenta Renata Federighi, gerente de marketing da Duoflex.
Em caso de alergias, o ideal é verificar se realmente o travesseiro possui proteção contra ácaros, fungos e bactérias. Caso transpire muito durante a noite é aconselhável verificar o conforto térmico do travesseiro. “Algumas pessoas costumam, erroneamente, preencher o travesseiro com plantas secas como camomila, funcho e macela. Esse costume não traz benefício algum para iniciar o sono ou melhorar a sua qualidade”, atenta Fausto.
Fonte: BBel