Nesta quarta-feira (08/04) completa um mês da morte da cantora Inezita Barroso, que faleceu em 8 de março aos 90 anos.

Para homenagear a Dama Caipira, amigos e fãs promovem uma missa, às 19h, na Igreja São Judas Tadeu.

Segundo o agrônomo José Carlos de Moura, a iniciativa é uma “forma singela de retribuir o carinho que Inezita tinha por Piracicaba”.

Ele contou ainda que foram elaborados postais com a foto da cantora e a inscrição Quanta Saudade Você Nos Trás, que serão distribuídos a quem estiver no local. A frase faz referência à música Lampião de Gás, famosa na voz da paulistana de alma caipira.

Moura conheceu a cantora na década de 1950, quando ainda residia em São José dos Campos, sua cidade natal. “Em 1952 eu estava no ginasial quando Inezita Barroso foi à minha escola para nos ensinar a canção O Passo do Soldado, de Marcelo Tupinambá. Na cidade se comemorava em 23 de maio os primeiros heróis da revolução (Constitucionalista) de 1932. A partir de então sempre acompanhei todas as semanas o desenvolvimento da carreira de Inezita, minha mais ilustre amiga”.

Ele lembrou que na época ela já mantinha dois programas, um na rádio e outro na TV. Foi este carinho que abriu o coração de Moura para a música e que fez dele um dos mais importantes colaboradores da OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba).

Moura ressaltou que Inezita é uma cantora de música brasileira, popular, folclórica e erudita. Ao mudar-se para Piracicaba, na década de 60, o agrônomo tornou-se anfitrião da cantora nas visitas dela à cidade.

Inezita apresentou por 35 anos o programa Viola, Minha Viola, na TV Cultura, palco em que recebeu vários amigos de Piracicaba, ente eles Tonico e Tinoco, Abel Bueno, Moacyr Siqueira, Roberto Seresteiro e César e Paulinho. O último show de Inezita na cidade foi em 8 de novembro de 2013.

Este ano foi um dos mais marcantes dela na cidade. Na ocasião, além de apresentar o espetáculo Trajetória ao lado do Regional do Tico-Tico, ela tornou-se Cidadã Piracicabana, por meio de título entregue pela Câmara de Vereadores.

Também foi no Viola, Minha Viola que Inezita exaltou a cultura piracicabana. Em maio de 2003, ela gravou seu programa às margens do rio Piracicaba. Além disso, em 1956, assistiu a apresentações folclóricas para uma de suas pesquisas sobre a cultura caipira, sendo recepcionada pelo folclorista João Chiarini, que presidia o Centro de Folclore.

Na discografia de Inezita, composta por quase 100 discos, Piracicaba é lembrada em vários momentos. Ela gravou, em 1975, o álbum Inezita em Todos os Cantos, e incluiu Temas de Cururus, a partir de pesquisa na cidade. Ela também gravou Piracicaba, de Newton de Almeida Mello, e Rio de Lágrimas, de Lourival dos Santos, Piraci e Tião Carreiro.

SERVIÇO — Missa em Homenagem a Inezita Barroso. Quarta-feira, às 19h, na Igreja São Judas Tadeu (avenida Independência, 3.747). Entrada gratuita. Informações: (19) 3422-2173.

Fonte: Jornal de Piracicaba 

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