Película fina e quase transparente, o verniz oferece proteção, profundidade e brilho – quando se quer – no acabamento de diversas superfícies. Mas tão importante quanto pensar na preservação é acertar na escolha do produto para cada tipo de material

A indústria tem colocado uma quantidade de vernizes no mercado, com tamanha velocidade, que, muitas vezes, nem mesmo os arquitetos são capazes de absorver. “A maior dificuldade é identificar o produto mais adequado para cada tipo de superfície. O ideal é procurar um profissional do ramo, como o próprio pintor, um marceneiro, ou um vendedor de tintas de sua confiança. Em alguns casos, já consultei até mesmo o fabricante para tirar dúvidas”, revela a arquiteta Cláudia Thimmig.

A mão de obra para aplicação também deve ser qualificada. Segundo a arquiteta, o bom resultado está muito além do que é indicado nos rótulos. “Só um profissional saberá manusear o produto de adequadamente. E, tratando-se de produtos químicos, todo e qualquer manuseio deve ser feito com o uso de máscara protetora e luvas de borracha.”

Deve-se considerar também o propósito do uso e o efeito desejado – natural, rústico, fosco, brillhante, impermeável, vitrificado etc. Outro ponto é distinguir a natureza do substrato sobre o qual será aplicado o verniz, pois há produtos desenvolvidos para atender às características físicas de cada material. O tipo de aplicação também influencia a aparência final; com pistola obtém-se efeito mais homogêneo; manualmente, pode-se tirar partido da textura do pincel ou aplicador.

Igualmente relevante é a preparação da superfície, seja qual for. “O local deve estar liso, limpo, seco e isento de resíduos ou de produtos anteriormente aplicados, evitando qualquer reação química que comprometa o acabamento desejado.”

A arquiteta viveu uma experiência trágica em um piso de cimento. “Com a pressa do proprietário em se mudar para a casa nova, um hidrorrepelente foi aplicado antes do período total de cura do cimento, 28 dias.” Claúdia tentou alertar, sem sucesso. “Cerca de dois meses depois, o piso começou a se esfacelar a cada pisada, especialmente se o calçado tivesse salto. Abriram-se bolhas das quais brotava cimento em pó.” Apesar de aparentar estar seco em menos de sete dias, o tempo de cura deve ser respeitado.

Dimas Gonçalves, PEO da Indusparquet, ressalta a importância da sequência do trabalho na montagem de um apartamento. “O que mais se vê é, após a conclusão da obra, descuido na montagem do mobiliário, provocando riscos e marcas no piso”, alerta. Após a aplicação, é preciso aguardar a secagem. Em 72 horas é possível pisar sobre a superfície, mas a cura total se dá em até 30 dias.

O profissional informa que não se deve usar plástico-bolha como proteção, para não abafar. A melhor escolha é utilizar pontualmente um papelão ondulado, com a ondulação para cima, e não deixá-lo constantemente sobre a superfície fresca.

Já a manutenção dependerá sempre de diversos fatores, tais como região do país, substrato, local de aplicação (se interno ou externo), tipo de agente e intensidade de exposição no caso de ambiente externo, posição em relação ao sol, maresia, chuva, umidade, vento etc. Julio Schilling, gerente dos laboratórios da Montana Química, lembra que é difícil determinar a durabilidade de um produto em condição real de uso e, consequentemente, definir um intervalo- padrão para reaplicação. “Cada produto tem uma forma de degradação ao longo do tempo. O ideal é se antecipar a isso, adquirindo o hábito de avaliar anualmente o estado da pintura, reparando as áreas que apresentarem início de degradação, o que evitará a expansão desse processo.”

Julio Schilling acrescenta que é fundamental escolher o produto adequado para cada aplicação e para cada substrato. “O preço, muitas vezes, é um fator ilusório. O que realmente tem valor não é o produto dentro da embalagem, e sim o produto aplicado. Quantos metros quadrados eu consigo recobrir com um determinado produto? Rendimento é a palavra-chave! É preciso observar as indicações de uso e verificar se é adequado para a finalidade a que se destina. Ler atentamente o rótulo antes de comprar e comparar”, finaliza.

Madeira bem tratada

Com uma enorme variedade de opções e diferentes características, de maneira geral, a madeira consiste em um material permeável e bastante suscetível à deterioração em função dos agentes climáticos e de organismos que têm nela uma fonte de nutrição, como fungos e insetos xilófagos.

Para preservá-la, pode-se utilizar um stain, acabamento flexível que penetra na madeira e apresenta características de hidrorrepelência, além de ação fungicida e resistência à radiação UV. Nesse caso, a manutenção é simples, bastando lavar com jato de água e reaplicar o produto após a completa secagem do substrato.

 

O STAIN PROTEGE A MADEIRA REALÇANDO SUA BELEZA NATURAL

1. A Seladora Extra (Eucatex) confere acabamento acetinado na cor natural. É indicada para selar e uniformizar superfícies novas de madeiras em geral.
2. Disponível nas tonalidades natural, imbuia, mogno fosco (foto) e brilhante, o Spray Premium Lukscolor protege e realça a beleza da madeira. A embalagem contém 350 ml, com rendimento aproximado de 1,2 a 1,6 m².
3. O Verniz Marítimo Suvinil mantém a madeira protegida e com seu aspecto natural por mais tempo, tanto em áreas internas quanto externas. Oferece acabamento fosco, brilhante e acetinado.
4. Para restaurar e tingir, a Sayerlack disponibiliza o Polirex, verniz nas cores imbuia e mogno.
5. O Polikol (Sayerlack) é um verniz de alto deempenho com triplo  ltro solar e ação fungicida. Disponível nas cores mogno, imbuia e canela (foto), com acabamento brilhante ou acetinado.
6. O Verniz Eucatex Duplo Filtro Solar evita a deterioração prematura da madeira e garante proteção às superfícies externas e internas por no mínimo dois anos.
7. Produzido pela Sayerlack, o Stain Impregnante Polisten Tingidor possui triplo  ltro solar e pode ser adquirido nas cores castanheira, mogno inglês, cerejeira, canela, nogueira (foto), branco, ipê e imbuia.
8. O Polimax, verniz poliuretano de alta resistência da Viapol, vitri-  ca assoalhos de madeira. Sua lata de 4 kg cobre uma área de 15 m², aproximadamente.
9. Desenvolvido para penetrar na madeira sem formar película, o Stain Impregnante da Suvinil é menos viscoso, por isso rende até duas vezes mais. Disponível nas versões natural (foto), mogno, imbuia e cores do sistema Suvinil SelfColor.


O VERNIZ SOLARE PREMIUM (Montana) é ideal para proteger móveis de madeira posicionados em áreas externas. Disponível nas versões brilhante e acetinado, em três cores diferentes, utiliza garrafas PET em sua fabricação.

Para pisos internos, existem também limpadores específicos, da própria linha do produto utilizado. Nesse caso, no dia a dia, a limpeza deve ser feita com um pano úmido, bem torcido, para evitar encanoamento da madeira. Esses produtos especiais devem ser passados a cada 30 dias em residências, e em um intervalo que varia de 7 a 15 dias em ambientes comerciais.

Para madeiras expostas a intempéries, também pode ser usado o verniz poliuretano com filtro solar; e para as de móveis de interiores, ou mesmo MDF, os vernizes de base nitro apresentam um acabamento mais delicado e refinado. As fibras naturais, por sua vez, podem receber verniz acrílico ou à base de PVA.

1. A Sayerlack fabrica o Tingidor Acquacolor, disponível em nove opções de cores. O produto pode ser aplicado sobre madeiras maciças ou laminado. Vendido em embalagens de 500 ml, cobre de 5 a 20 m² o litro.
2. De rápida secagem e boa aderência, o Tingilack (Sayerlack) é utilizado para tingir produtos de base nitro, poliuretano e sintético, em exteriores ou interiores. Disponível nos padrões cedro, imbuia escura e mogno (foto).
3. O tingidor Verniz Premium (Suvinil) confere acabamento nos padrões mogno e imbuia (foto). À venda em galões de 30,6 L e 900 ml.
4. O verniz tingidor da Eucatex altera a tonalidade de qualquer tipo de madeira nova para as cores mogno (foto) ou imbuia, com acabamento brilhante.
5. Osmocolor Cores Sólidas (Montana) protege e colore estruturas de madeira. O galão de 3,6 L rende uma demão de até 72 m².

VERNIZES TINGIDORES RESTAURAM E REPAGINAM PORTAS, ESQUADRIAS E MÓVEIS

 

OSMOCOLOR Stain Cores Sólidas (Montana) pode ser misturado a outras cores do próprio produto para produzir novos tons. Indicado para aplicação em madeiras, em áreas internas e externas. Cores: Branco Neve (22), ½ Azul Del Rey + ½ Branco (21), Azul Del Rey (20), Verde Acqua (19), Verde Floresta (18), Mar m (17), Amarelo Taiúva (16), Pêssego (15), Vermelho Cerâmica (14), madeira natural sem verniz (13), ½ Verde Floresta + ½ Branco (12).

OSMOCOLOR Stain Semitransparente (Montana), com duplo  ltro solar e resinas que repelem água, protege fachadas e móveis externos de madeira, proporcionando acabamento acetinado. Disponível em tons de madeiras nobres, como castanheira (2 e 11), mogno (5), canela (6), nogueira (7), imbuia (8), cedro (9) e ipê (10), obtém esses resultados quando aplicado sobre um fundo neutro (1). Na versão Incolor UV Glass (3 e 4), protege mantendo a aparência natural da madeira de fundo.

A – O Verniz Premium Suvinil natural brilhante protege e mantém a aparência da madeira.
B – Já o verniz exterior transparente base água, Aquaris (Sayerlack) é indicado para uso em estruturas e móveis de áreas externas e internas.
C – O Verniz Power Plus (Lukscolor) proporciona acabamento  no, realçando os veios naturais da madeira. Cores disponíveis: mogno, imbuia, cedro (foto), canela e ipê.
D – Indicado para envernizar e alterar a tonalidade da madeira, o Verniz Tingidor da Eucatex renova superfícies desgastadas ou desbotadas.

 

Tijolo à prova de umidade
Tenham maior ou menor grau de porosidade, os tijolos geralmente são suscetíveis à umidade. Uma opção para protegê-los é utilizar um hidrofugante ou hidrorrepelente. Embora exista uma imensa variedade de produtos com essa denominação, trata-se basicamente de um tipo de substância à base de silicone, que penetra na porosidade do tijolo, tornando-o impermeável e repelente à ação da umidade, que ao longo do tempo ocasiona o amolecimento e consequente esfarelamento gradual do material. Com a vantagem adicional de ser absorvido e não formar camada, mantém, dessa forma, as características visuais do substrato.

O material pode ser aplicado também em cimento, concreto aparente, telhas de concreto e cerâmicas, especialmente se colocadas em fachadas expostas ao sol e à chuva. O número de demãos varia de acordo com o tipo de superfície. Outra alternativa de proteção é a aplicação de um verniz específico, acrílico. Mas, nesse caso, o aspecto visual do tijolo será alterado, pois o produto forma uma camada sobre o substrato, oferecendo um efeito mais brilhante.

PARA IMPERMEABILIZAR TIJOLOS SEM ALTERAR SUA APARÊNCIA, APOSTE EM PRODUTOS FEITOS À BASE DE SILICONE

1. Fabricado pela Viapol, o verniz FC 12 é uma resina acrílica à base de água, nos tipo brilhante (foto) e fosco. Indicado para impermeabilizar blocos de concreto destinados a permanecer aparentes e para encobrir imperfeições de tonalidade no rejuntamento.
2. O Fuseprotec (Viapol) é feito à base de resina acrílica 100% pura e impermeabiliza blocos de concreto, tijolos aparentes e pedras ornamentais.
3. A Resina Acrília Premium, da Eucatex, protege pedras naturais, concreto aparente,  brocimento, telhas de barro e tijolos aparentes.

 

 

 

Pedras e metais protegidos

As pedras se apresentam em grande variedade, com diferentes características de resistência e porosidade. Para as muito porosas, como arenito, pedra mineira, pedra goiás, luminária e ardósia, é recomendável a aplicação de verniz para evitar o acúmulo de sujeira e limo, principalmente quando utilizadas em piso, facilitando a limpeza. No caso das menos porosas e mais duras, como o granito e o basalto, a aplicação do verniz prende-se mais ao aspecto visual. Os vernizes indicados para esse tipo de substrato são os acrílicos. A escolha sempre depende do efeito desejado e da exposição da pedra a intempéries, podendo ser usados hidrorrepelente, poliuretano ou mesmo cera comum.

Para metais, os vernizes acrílicos incolores podem proteger os não ferrosos, como latão, cobre e alumínio. Os produtos possuem alta resistência e impedem o escurecimento da superfície. Já os vernizes anticorrosivos servem às peças de ferro em ambientes úmidos, evitando a oxidação.

VERNIZES ACRÍLICOS EVITAM QUE AS PEDRAS ACUMULEM SUJEIRA E LIMO E IMPEDEM ESCURECIMENTO DOS METAIS


 

Fonte: Casa e Construção

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