O crescente avanço da construção civil e a importância da reciclagem dos resíduos sólidos gerados pelo setor foram alguns dos temas abordados na Revista Valor Setorial – Construção Civil, publicada em setembro. Na reportagem “Entulho vira material nas obras”, a jornalista Marlene Jaggi destacou que o “o avanço da indústria da construção civil, a crescente valorização de iniciativas sustentáveis e a Política Nacional de Resíduos Sólidos estão produzindo uma importante movimentação num segmento pouco explorado do setor: o da reciclagem de materiais utilizados no processo da construção”.
Criada neste ano, a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon) conta com 21 empresas parceiras à atividade de reciclagem de resíduos no setor. Em entrevista à revista, o presidente da Abrecon, Gilberto Meirelles, destaca que, atualmente, a geração de resíduos na construção civil no Brasil representa meia tonelada ao ano por habitantes, o que significa 80 milhões de toneladas ao ano, considerando uma população urbana de 160 milhões de pessoas. “O volume é enorme e não há mais área para destinação nos grandes centros urbanos”.
Conforme publicado na Revista Valor Setorial, para Meirelles, o grande trabalho do setor é promover o reconhecimento do material reciclado, que traz à obra uma economia de 30% em relação aos materiais convencionais e permite um excelente ganho ambiental, na medida em que preserva recursos naturais e evita o acúmulo de resíduos acumulados durante a construção de todos os tipos de empreendimento. O presidente da associação ressalta ainda que, o que piora o cenário das construções civis é a falta de cultura ambiental ao não separar os materiais que podem ser reciclados.
Priorizando sempre uma atuação sustentável, a Cemara Loteamentos vem utilizando em seus empreendimentos materiais reciclados da construção civil, como bica corrida e bica graduada simples na base do pavimento das ruas e avenidas, assim como areia e pedrisco nas guias e sarjetas. Os produtos utilizados pela empresa atendem aos padrões de compactação e resistência do DER/SP (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo) e da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), gerando credibilidade ao material utilizado nas construções.
Fonte: Valor Setorial