Raul Marques

Os museus oferecem a rara oportunidade de unir passeio, cultura e conhecimento. Para visitar um lugar assim, nem é preciso viajar para São Paulo, a Meca brasileira das artes. A região de Rio Preto abriga pelo menos 30 unidades, com vasta gama de opções. No Noroeste paulista, é possível conhecer, a partir do acervo disponibilizado, mais sobre questões intimamente ligadas à cultura local, como vida rural, trabalho do peão boiadeiro, folclore e história de fundação e desenvolvimento das principais cidades. Mas não é só isso.

Nas cercanias, há instituições que rememoram a Revolução Constitucionalista de 32, a indústria automobilística, guerras, conflitos mundiais, carnavais do Rio e São Paulo e imagem e som. O que não faltam são possibilidades, que podem preencher de forma especial a rotina de estudantes que estão em férias. Para ajudá-lo a conhecer os museus regionais, o Diário preparou uma lista com dez sugestões. Detalhe: metade das instituições começou sua atuação durante os últimos cinco anos. Tem muita novidade no setor. A maioria é de graça.

Em Santa Fé do Sul, por exemplo, foi aberto recentemente o Museu da Imagem e do Som – MIS. Aparelhos telefônicos, máquinas fotográficas do século passado, vitrolas e televisores são algumas das atrações oferecidas. Já em Uchoa, existe um museu voltado ao Carnaval. É possível conhecer adereços, fantasias e objetos usados por escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, como Mangueira, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense e Rosas de Ouro.

Dos tradicionais, destaque para o Museu Histórico e Folclórico do Peão Boiadeiro, em Barretos. O lugar guarda dezenas de ‘tralhas’ usadas por peões durante o trabalho, uma viola de Tião Carreiro e a história do rodeio no Brasil. Os museus conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, muitos conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural. Pisar em um museu é uma forma de viajar para o passado, entender o presente e especular o futuro.

SAIBA MAIS SOBRE ALGUNS MUSEUS DA REGIÃO:

Carros antigos, guerras e grandes conflitos

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:: Nome – Museu Eduardo André Matarazzo
:: Endereço – Rua Almeida Prado, s/n, Centro
:: Cidade – Bebedouro
:: Atrações – Peças de guerra, como um tanque usado na Primeira Guerra Mundial, 90 veículos de passeio, helicóptero e 18 aviões de grande porte
:: Por que conhecer? – É uma viagem na história das indústrias automobilísticas e de guerra
:: História – Foi criado em 1969 por Eduardo André Matarazzo, um dos precursores do antigomobilismo no Brasil
:: Preço – R$ 5 (estudante e idoso pagam R$ 2,50)
:: Quando – Quarta a domingo, das 9h às 17h
:: Tel. – (17) 3342-2255

Peão boiadeiro

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:: Nome – Museu Histórico e Folclórico do Peão Boiadeiro
:: Endereço – Rodovia Brigadeiro Faria Lima, 428
:: Cidade – Barretos
:: Atrações – ‘Tralhas’ usadas por peões, fotos, viola de Tião Carreiro e imagem de Nossa Senhora Aparecida abençoada pelo papa Bento 16, além do mausoléu do Boi Bandido
:: Por que conhecer? – Para saber sobre como era a vida dos peões que tocavam boiadas pelo Brasil, além da história da tradicional festa do Peão de Barretos e do próprio rodeio
:: História – Inaugurado em outubro de 2005, o museu é visitado o ano inteiro por apaixonados pela cultura caipira
:: Preço – De graça
:: Quando – Terça a domingo, das 9h às 18h
:: Tel. – (17) 3321-0000

Revolução de 32

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:: Nome – Museu Constitucionalista Tenente Antônio dos Santos Galante
:: Endereço – Avenida dos Estudantes, 1980, Boa Vista
:: Cidade – Rio Preto
:: Atrações – Armas, objetos usados durante a campanha, documentos históricos e uma réplica de fardamento
:: Por que conhecer? – É a chance de saber mais detalhes de uma das passagens mais marcantes da história do Estado de São Paulo e também do Brasil
:: História – O museu foi inaugurado em maio de 2013 para homenagear a memória dos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932. Tem mais de 400 itens
:: Preço – De graça
:: Quando – Segunda a sexta, das 9h às 18h
:: Tel. – (17) 3231-7771

Arqueologia

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:: Nome – Museu Água Vermelha
:: Endereço – Avenida Bandeirantes, 2.090, bairro Faria 1
:: Cidade – Ouroeste
:: Atrações – Fósseis, cerâmica, ossada humana e cabanas que pertenceram a povos indígenas da região
:: Por que conhecer? – Tem 12,5 mil peças, entre as quais algumas com nove mil anos
:: História – Foi criado em 11 de julho de 2001. Há peças dos períodos précoloniais líticos
:: Preço – De graça
:: Quando – Terça a sexta, das 9h às 13h, e domingo, das 13h às 18h
:: Tel. – (17) 3843-1481

Modo de vida regional

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:: Nome – Museu Municipal Jezualdo D’Oliveira
:: Endereço – Rua Rui Barbosa, 2.170, Centro
:: Cidade – Mirassol
:: Atrações – Animais taxidermizados, fotografias, equipamentos rurais e documentos
:: Por que conhecer? – Os sete mil itens oferecem viagem na história do modo de vida regional a partir do século 19
:: História – Foi criado em 1945 por Jezualdo D’Oliveira, que era funcionário público. Neste ano, comemora-se o centenário de nascimento do patrono e 70 anos de criação do museu
:: Preço – De graça
:: Quando – Segunda a sexta, das 8h às 17h.Sábado, das 9h às 12h
:: Tel. – (17) 3242-6244

Folclore, folia de reis e mitos brasileiros

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:: Nome – Museu da História e Folclore Maria Olímpia
:: Endereço – Rua David de Oliveira, 420, Centro
:: Cidade – Olímpia
:: Atrações – Indumentárias de folia de reis, instrumentos musicais, peças de barro, bambu, madeira, couro, ágata, toalhas com abrolhos, trançados em palha e crochê, pinturas e objetos representativos dos mitos brasileiros
:: Por que conhecer? – Para saber mais sobre importante parte da cultura brasileira: o folclore
:: História – Criado em agosto de 1973, tem dez mil peças
:: Preço – De graça
:: Quando – Terça a sexta, das 9h às 17h. Sábado e domingo, das 10h às 14h
:: Tel. – (17) 3281-6436

História do carnaval

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:: Nome – Museu do Carnaval
:: Endereço – Rua Antônio Palmieri, 2, São Miguel
:: Cidade – Uchoa
:: Atrações – Fantasias, peças usadas para enfeitar carros alegóricos e objetos que remetem ao carnaval
:: Por que conhecer? – Para ter contato com objetos utilizados por escolas de samba do Rio e São Paulo, como Mangueira, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense e Rosas de Ouro
:: História – Foi criado em 2013 pelo farmacêutico Carolino Camillo Neto. Tem dois mil itens no acervo
:: Preço – A combinar (instituição carente, por exemplo, não paga)
:: Quando – Segunda a sexta, das 7h30 às 11h e das 13h às 17h
:: Tel. – (17) 3101-1150

Imagem e som

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:: Nome – Museu da Imagem e do Som “MIS”
:: Endereço – Avenida Paulo Nunes da Silva, s/n, Centro
:: Cidade – Santa Fé do Sul
:: Atrações – Aparelhos telefônicos, máquinas fotográficas do século passado, monóculos, vitrolas, televisores, rádios, violino raríssimo do ano de 1925 que pertenceu a frei Canuto, de Aparecida do Taboado (MS)
:: Por que conhecer? – O MIS oferece a oportunidade de conhecer aparelhos que revolucionaram a comunicação no século 20
:: História – O museu, que tem 410 metros quadrados, foi inaugurado no ano passado
:: Preço – De graça
:: Quando – Segunda a sábado, das 9h às 17h. Domingo, das 9h às 14h
:: Tel. – (17) 3631-1422

Cultura rural

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:: Nome – Museu da Roça
:: Endereço – Rua Santa Cruz, 1.374, Centro
:: Cidade – Tabapuã
:: Atrações – Carroça, carro de boi, utensílios domésticos com 90 anos, representação de curral e artesanato
:: Por que conhecer? – O lugar proporciona a oportunidade de conhecer como é a vida no campo
:: História – O museu da Roça ‘Mário Tertuliano Jardim Ornellas’, professor e produtor rural da região, foi criado em 2010. Seu acervo tem dois mil itens
:: Preço – De graça
:: Quando – Segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 16h
:: Tel. – (17) 3562-0706

Pintura, escultura e instalação

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:: Nome – Pinacoteca Municipal João Nasser
:: Endereço – Praça da Independência, 92, Higienópolis
:: Cidade – Catanduva
:: Atrações – Exposições de fotos antigas da cidade e de obras de arte, como pinturas, esculturas e instalações. Sempre são realizadas exposições
:: Por que conhecer? – Além das obras de artistas de todo o Estado, o museu fica em um prédio construído no início do século 20, inspirado nos castelos medievais
:: História – Construído entre 1919 e 1925, a casa foi moradia da família Nasser até a década de 80, quando se mudou. Em 2007, o prédio foi tombado pelo Condephact e comprado pela Prefeitura, que instalou a Pinacoteca no ano de 2012
:: Preço – De graça
:: Quando – Segunda a sexta, das 8h às 17h
:: Tel. – (17) 3522-4815

Fonte: Diário da Região

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