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Pesquisa realizada pelo Secovi aponta crescimento de 73% nas unidades vendidas em agosto

Alguns indicadores econômicos apontam um cenário mais positivo para a economia do País. Enquanto os últimos dois anos foram embalados por recessões, a expectativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 0,72%, em 2017. E um dos setores que vem sendo impactado por este período mais animador é o imobiliário. Pesquisa realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), mostra que em agosto foram comercializadas 1.865 unidades residenciais novas. O resultado representa crescimento de 73%, em relação as 1.078 unidades vendidas no mesmo mês de 2016.

Crescimento

A Cemara Loteamentos tem sentido esse crescimento e registrou um avanço expressivo na quantidade de lotes vendidos. Em 2016, a empresa vendeu menos unidades do que havia planejado, já em 2017, até o mês de setembro, as unidades vendidas superaram as expectativas. “O brasileiro está mais otimista em relação ao emprego e à renda, fatores que o motivam a pensar novamente no sonho da casa própria”, explicou Marcos Dei Santi, vice-presidente da empresa.

Em um dos empreendimentos lançados em março, o Parque Bella Ville, localizado em Hortolândia, a 110 quilômetros da cidade de São Paulo, a empresa notou a primeira grande mudança no ritmo de consumo. A meta era vender 45% dos terrenos no dia do lançamento e o restante em até 8 meses. Porém, os resultados foram ainda melhores. Em três dias, foram comercializados 85% dos lotes.

“Além do momento econômico mais promissor, o loteamento é uma excelente opção para quem tem pouco dinheiro disponível. O consumidor pode financiar diretamente com a loteadora, sem a intermediação de uma instituição financeira. Outra vantagem é a possibilidade de construir de acordo com as preferências e não ter a preocupação de desembolsar uma quantia em dinheiro de uma só vez para fazer as obras”, concluiu Dei Santi.

Por que o brasileiro gosta de comprar imóveis?

Com anos de recessão e um crescimento lento da economia, o investidor brasileiro sempre busca a segurança para não perder. Um dos investimentos mais garantidos, e preferência nacional, é investir em imóveis. Nesse caso, a compra de lotes é uma boa opção (veja mais sobre o assunto nas páginas 08 e 09). Esse é o tema do artigo de Adriano Gomes, sócio-diretor da Méthode Consultoria e professor de finanças da ESPM, especial para o Cemara Informa: “Todo investimento, quer financeiro ou em ativos reais, tem um tripé formado por segurança, liquidez e rentabilidade. A sequência não precisa ser rigorosamente nesta ordem, mas a coloquei de forma proposital e, a rigor, não há uma sequência correta. Também é certo que nenhum investimento consegue carregar os 3 elementos no seu ponto máximo. Portanto, é comum que um determinado investimento ofereça alta rentabilidade e baixa segurança ou excelente liquidez com baixa rentabilidade. O histórico de crises no Brasil é recorrente. Há um recall na mente de cada um de nós que, talvez, já tenha sido desenvolvida uma certa característica no investidor nacional: a busca contínua por segurança. Em outras palavras, o investidor admite abrir mão de rentabilidade, mas possuir o bem como garantia e não o perder. Ou como normalmente se escuta em reuniões com investidores: quero um bem de raiz, o imóvel está lá, ninguém poderá tirar de mim. Segurança Creio que uma boa parte da explicação do porquê o brasileiro, e de forma geral os povos latinos, preferem imóveis a outros tipos de investimentos. A segurança fala mais alto em suas mentes e consegue proporcionar o conforto desejado. Já escutei, de forma errônea, alguns colegas consultores afirmarem que os investidores brasileiros não sabem fazer contas. Bem, tal frase beira ao ridículo, posto que, invariavelmente, tais investidores têm uma renda superior àqueles que supostamente estão orientando ou que “sabem fazer contas”. A orientação é sempre útil, necessária e bem-vinda e se bem conduzida colabora e contribui para que o investidor mude de posição, altere investimentos e administre um portfólio que “também” inclua imóveis. Por que não? Qual a razão objetiva de desconsiderar a segurança como um elemento indispensável e fundamental na carteira de investimentos? Entendo perfeitamente as razões e as respeito. Considerando o investimento em imóveis como absolutamente normal, como outro qualquer, o investidor qualificado ou potencial deve levar em conta algumas características deste tipo de aplicação, a saber:

1 Planejamento societário e tributário:

Este deveria ser o “passo zero”, ou seja, uma vez decidido que imóveis serão parte do portfólio, pelas suas características, faz-se necessário um plano societário a fim de proteger de forma legal este ativo em futuros e bem prováveis de problemas de sucessão, bem como, buscar todos os benefícios legais para rentabilizar os lucros advindos da operação. Um alerta: muito cuidado com promessas miraculosas e espetaculares de alguns “especialistas” no tema;

2 Custo de vacância, transação e manutenção

O imóvel é um investimento que pressupõe permanecer um determinado período de tempo (indeterminado) sem que ofereça rendimento. Este é o chamado custo de vacância, quando o proprietário do bem não recebe aluguel da operação. Quer esteja alugado ou não, o contrato rezará as condições, pode ocorrer custos ligados à manutenção do prédio. Por último, em caso de compra e venda ou mesmo para confeccionar contratos de locação, administração ou no limite de ações de despejo, surgem os custos de transação;

3 Correção de valores

A lei 12.112/09 deixou a relação entre locador e locatário mais flexível e proporcionou mais segurança jurídica aos contratos firmados. Dentre os pontos, destaco a correção de valores por índice de comum acordo entre as partes. Neste ponto, vale a boa e saudável negociação entre as partes e a irrevogável Lei da oferta e procura;

4 Dedicação é a chave do sucesso

Sim, para variar, novamente mais uma obviedade sempre esquecida. Ao invés de comprar um imóvel pronto e buscar uma administradora para realizar a outra ponta do processo, investidores de sucesso nesta área têm um traço em comum: não deixam parte do lucro com as construtoras e incorporadoras e administram a compra, venda e locação;

5 Financiamento

Uma característica fundamental dos imó- veis é que eles também estão no topo dos desejos das famílias. Por se tratar de um bem de alto valor agregado, normalmente são adquiridos via financiamento imobiliário. Mas, por que não financiar diretamente? Da mesma forma que o item acima tratou da dedicação, este chama a atenção em não deixar uma parte significativa de ganhos para instituições financeiras;

6 Associar-se a outros potenciais investidores

Com um bom desenho jurídico, o que poderia ser uma proposta tímida, pode se transformar num empreendimento mais parrudo e rentável;

7 Gestão profissional

Deve ser o mantra pronunciado toda manhã. Processos definidos, responsabilidade e autoridade às pessoas, cronograma, indicadores, orçamento. Enfim, as ferramentas são conhecidas. Resta colocar em prática.

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