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Você sabia que de cada 5 mulheres uma corre risco de sofrer um infarto? Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil. No mundo, as doenças cardiovasculares são responsáveis por um terço de todas as mortes de mulheres, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Estimativas também apontam que a probabilidade da mulher morrer de infarto é 50% maior quando comparada aos homens. Segundo a Dra. Magaly Arrais, cirurgiã cardíaca do Hospital do Coração, em São Paulo, uma das explicações refere-se ao menor calibre das artérias das mulheres, o que faz com que a obstrução seja mais grave.

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O estrógeno tem função vasodilatadora, evita o acúmulo do LDL, o colesterol ruim, e facilita o HDL,colesterol bom. Mas, na menopausa, período em que as mulheres estão mais velhas e mais propensas a males cardiovasculares, o estrógeno apresenta queda progressiva e diminuição desse efeito protetor.

O que preocupa é que, diferentemente dos homens, as mulheres nem sempre percebem os sinais de que algo está errado. Um dos principais sinais de alerta está no colesterol. O bom, HDL, deve estar acima de 50 mg/dl. O mau, LDL, abaixo de 100 mg/dl e a pressão arterial não deve passar de 12 por 8.

“As mulheres se queixam mais de dores nas costas, cansaço, queimação no estômago e náusea. Esses sinais, nem sempre reconhecidos e relacionados ao coração, fazem com que as mulheres associem o mal-estar a problemas gastrointestinais ou ortopédico. É algo preocupante, pois sabemos que os indivíduos enfartados sem atendimento morrem mais”, esclarece.

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A cirurgiã esclarece que o aumento da incidência de eventos cardiovasculares na mulher é consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida. “Somado a esses sinais, outras condições negligenciadas pelas mulheres as transformam em vítimas potenciais, como o crescimento da obesidade, o descontrole do diabetes e dos níveis do colesterol, tabagismo, sedentarismo, o estresse do dia a dia e a pressão arterial elevada. A jornada tripla da mulher moderna aumentou o estresse e a ansiedade – fatores que também as deixam mais suscetíveis aos problemas cardíacos”, explica.

Mesmo podendo acometer todas as pessoas em faixas etárias distintas, o infarto é ainda mais frequente em homens, a partir dos 55 anos, e nas mulheres, após 65. “Trata-se de uma doença traiçoeira, pois nem todos pacientes apresentam sintomas característicos e a sobrevida depende do diagnóstico e tratamento precoces”, alerta.

Fotos: Thinkstock

Fonte: Universo Jatobá 

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