Por Pat Feldman * colunista do Delas

Culinarista afirma que lanches são dispensáveis, mas se os pais optarem por servi-los devem ficar de olho no tamanho da porção para não atrapalhar as refeições principais

Não que seja proibido comer algum tipo de lanche, mas ultimamente penso que as pessoas estão transformando o que deveria ser apenas um lanchinho em uma verdadeira refeição. E depois ainda reclamam que o filho não come.

Quando meus filhos eram muito pequenos, raramente pediam lanche entre as refeições. E quando isso acontecia, oferecia frutas (especialmente banana e mamão), iogurtes e queijos variados, que eram os alimentos que tinha em casa. E aí uma porção pequena dava conta da fominha fora de hora.

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Mas tem um detalhe que não comentei: eles acordam cedo e dormem mais cedo ainda. Tomam café da manhã por volta das 7h, almoçam pouco antes do meio-dia e às 18h30 já estão jantando. Logo depois, dormem, bem cedo mesmo.

Mas eu sei que essa não é a realidade de muitas das nossas crianças, não é mesmo? Com essa vida corrida e atribulada, filhos e pais chegam mais tarde em casa, saem cedo demais e o espaço entre as refeições fica grande. Aí, a barriguinha dos pequenos ronca e o lanche se faz necessário – mas tem que ser só um lanche para não atrapalhar as refeições principais. Isso tem que ficar claro na hora de preparar o alimento.

Comida de verdade

E se é para comer, ainda que pequenos bocados, que seja comida de verdade, algo que realmente alimente e não só encha barriga.

Se o lanche é para a escola ou um passeio, ter uma lancheira térmica ajuda muito e aumenta o número de opções para carregar por aí. Quando o lanche é em casa, as possibilidades são ainda mais numerosas. Você pode usar toda a sua criatividade, colocar os preconceitos de lado e aproveitar para mostrar novas apresentações para antigos sabores.

Entre os meus filhos e as crianças que participam do meu “Projeto Comida de Verdade na Escola” existem alguns campeões de audiência, que já não podem faltar para os pequenos porque eles simplesmente adoram. São eles:

– frutas variadas, especialmente em dias quentes de verão
– copinhos de milho na manteiga
– bolinho de carne assado (pode servir à temperatura ambiente mesmo)
– vitamina de iogurte com banana
– bolo de cacau sem farinha
– ovinhos de codorna
– espetinhos de queijo e mini tomate
– sanduíche integral de salpicão de frango
– sanduíche integral de carne de panela desfiada
– bolachas de banana
– iogurte natural integral com granola caseira

Das opções acima, algumas ficam melhores se o seu filho tiver uma boa lancheira térmica – ou deixe o item para o lanche de casa.

Quantidade

Pois é, a quantidade! Não acostume seu filho com porções enormes de comida em horários intermediários. Lanche é para ser só lanche, senão atrapalha as refeições principais.

Para beber, a melhor pedida é sempre água, que é o que realmente mata a sede. A campanha que criei, a #águanalancheira, já tem muitos e muitos adeptos.

Para resumir o que escrevi até agora: lanche não é tão indispensável. Se quiser oferecê-los aos seus filhos, procure opções nutritivas e passe longe de industrializados. E, além disso, como bebida, ofereça sempre água!

* Pat Feldman é culinarista e criadora do Projeto Crianças na Cozinha, que traz receitas infantis saudáveis, saborosas e livre de industrializados. É também autora do livro de receitas “A Dor de Cabeça Morre Pela Boca”, escrito em parceria com seu marido, o médico Alexandre Feldman. Na coluna “Cozinha com Crianças”, ela fala quinzenalmente sobre gastronomia infantil.

Fonte: Delas

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