Expectativas de crescimento econômico, queda das taxas de juros e melhoria da oferta de financiamentos são fatores que mantém em alta a relação com a casa própria.
O Brasil é uma das poucas economias que possui condições de sustentar uma taxa expressiva de crescimento superior a 3% nos próximos anos, afirmam especialistas. O futuro promissor do País ganha ainda mais fôlego quando se analisa a relação entre o aumento do consumo de 7,5% ao ano e a felicidade da população. As pessoas têm investido fortemente na satisfação de seus desejos pessoais, ligados à família, à saúde e à moradia.
Somente entre os anos de 2003 e 2012, a taxa real de aumento da renda familiar brasileira foi de 1,8% ao ano acima do PIB (Produto Interno Bruto). Além das significativas quedas da taxa de desemprego, o mercado assiste à constante melhoria da qualificação profissional, com ativa participação das empresas nesse esforço. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a taxa média de desemprego passou de 8,3% no primeiro semestre de 2008 para 6% neste ano.
Ambiente favorável – Nesse cenário, a nova classe média está vivendo melhor, consumindo mais e gerando mais renda. Os números indicam que nessa fatia da população, do ponto de vista econômico, já é dominante. “Hoje, 53% da população brasileira, cerca de 104 milhões de pessoas, pertencem à nova classe, que, com contas em banco, reajustes de salários e aumento de emprego, podem comprar a primeira casa própria e o carro zero”, diz Elbio Fernández Mera, vice-presidente de Comercialização e Marketing do Secovi-SP.
A queda das taxas de juros é outro indicativo dos bons atrativos para o setor imobiliário. Com a Selic menor, as taxas de financiamento caíram, o que levou muitos investidores a sair da renda fixa para buscar investimentos em imóveis. “A compra de unidades comerciais e residenciais traz grande rentabilidade, por meio da renda gerada com o aluguel mais valorização patrimonial, formando uma aposentadoria paralela complementar.”
Cabe destacar ainda que cada 1 ponto percentual de diminuição dos juros representa 10% de redução no valor da prestação do imóvel, o que faz com que milhares de compradores potenciais ingressem no mercado.
Só a cidade de São Paulo, por exemplo, teve aumento de 2,6% nas vendas de imóveis no primeiro semestre de 2012, comparado a igual período de 2011. Foram comercializadas 11.981 unidades de janeiro a junho deste ano, contra 11.680 dos mesmos seis meses do ano interior. Em relação aos lançamentos, houve diminuição de 14.112 unidades lançadas no primeiro semestre de 2011 para 8.862 em 2012. “Caso o mercado tivesse gerado o mesmo volume de novos empreendimentos neste ano, não há duvidas de que um número maior de consumidores teria sido incentivado a adquirir um imóvel”, enfatiza o dirigente.
Desenvolvimento e qualidade de vida – Para muitos brasileiros, a compra de uma casa ou apartamento representa o primeiro passo para a melhoria da qualidade de vida. A felicidade e a satisfação proporcionadas pela aquisição de um imóvel colaboram para um sentimento de segurança, conforto e proteção à família, tão necessários para que as pessoas continuem a investir no seu futuro e, consequentemente, no desenvolvimento do País. Não é demais lembrar que, diante de novas expectativas de crescimento econômico, queda das taxas de juros e melhoria da oferta de financiamentos, a relação com a casa própria continuará em alta, estimulando ainda mais o fortalecimento do mercado imobiliário brasileiro.
Com isso, incorporadoras, construtoras, corretoras e os demais agentes do setor têm a importante missão de renovar o prazer de vender. “Sem dúvida, o apoio do Secovi-SP e da Fiabci-/Brasil, por meio de palestras e informações atualizadas do mercado nacional e mundial, será fundamental para o sucesso dessa empreitada”, conclui Fernandez Mera.
Fonte: SECOVI EM AÇÃO – Boletim Informativo Mensal – Nº4 – Novembro 2012